Depressão Pós-parto



Hoje quero falar de um assunto super sério – DEPRESSÃO PÓS PARTO - DPP

Depressão pós-parto não é a mesma coisa que uma espécie de tristeza, também conhecida como "baby blues". A depressão pós-parto é bem mais séria do que uma melancolia temporária. Enquanto a maior parte das mães conseguem superar aquela tristeza inicial e passa a curtir seus bebês, uma mulher com depressão pós-parto fica cada vez mais apreensiva e tomada por sentimentos desagradáveis.

Os sintomas mais comuns da Depressão Pós Parto - DPP são: humor deprimido, sentimentos de inconformidade familiar e social, alterações do apetite e do sono, concentração depreciada, desinteresse ou de prazer em realizar suas atividades diárias, perda de peso e de energia, transtornos no sono, sentimento de incapacidade ou de culpa sem causa, cansaço.
Um sintoma particularmente grave de depressão é pensar na morte e suicídio. Algumas pessoas com depressão pós-parto também podem ter uma vontade súbita e assustadora de machucar seus bebês.

Infelizmente passei por esta experiência terrível. Eu não queria aceitar, me sentia culpada e até me achava uma “monstra” por ter pensamentos horríveis em relação ao meu filho.

Com 45 dias marquei uma consulta com o meu ginecologista, estava decidida a contar para ele, não levei nenhum acompanhante. Mas quem disse que tive coragem de contar? Então, ele percebeu minha tristeza e perturbação e começou a me fazer perguntas e me forçou a contar. Ele me proibiu de ficar sozinha com meu bebê e me ordenou a contar para o meu marido e família ou ele mesmo contaria. 

Chorei litros, e pedi a Deus para me dar coragem para contar. Como o meu esposo não estava, criei coragem e contei para minha irmã, que no mesmo instante moveu céus e terras para me ajudar.

A partir desse momento, não ficava mais sozinha com meu filho, e dei início ao tratamento. O antidepressivo demorou a fazer efeito, então para ajudar associei ao tratamento seções de acupuntura, além de acompanhamento médico. 
Eu queria muito me livrar daqueles sentimentos, por isso me apeguei mais a minha família e a oração. Até alcançar a graça da cura e aí pude curtir o meu filho.

Creio que a união de forças entre os profissionais de saúde e familiares podem transformar este momento em uma fase em que a nova mãe se sentirá mais firme e confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida, ajudada e apoiada. Só assim pode-se proporcionar uma melhor superação das dificuldades que a Depressão Pós-Parto, já que seus maiores aliados são o descaso e a subestimação do sofrimento da mulher, quer pela equipe de saúde, quer pela família.

O que eu desejo? Que todas as mães que passaram ou passam por isso que tomem coragem e lutem para se livrar desse mau e sintam a maravilhosa emoção de ser mãe.



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