Quando nos tornamos mãe, experimentamos um
turbilhão de sentimentos. Num primeiro momento acreditamos que tudo será
perfeito, conseguiremos amamentar, seremos mães zelosas, cuidadosas,
atenciosas, etc. Até que algo acontece e um sentimento devastador aparece... A
CULPA.
Qual de nós não se sentiu culpada por não
conseguir amamentar, porque o filho caiu da cama, ou porque temos que trabalhar
fora? Há uma infinidade de situações que podem causar esse tipo de
sentimento. Até mesmo as mães mais bem
resolvidas sofrem com a culpa em alguma ocasião da maternidade.
Algumas sofrem por deixar o filho em casa
enquanto trabalham, outras se ressentem por não terem muita paciência com seus filhos.
O menor insucesso do rebento traz à tona a culpa materna.
Esse sentimento está relacionado à cobrança
que nós mães impomos em sermos perfeitas e de não querer que as crianças sofram
em momento algum. Para os filhos, porém, a frustração também faz parte do
aprendizado. O fato é que estamos sempre tentando acertar, orientando os
caminhos que os filhos devem tomar, ainda que saibamos que no caminho não
podemos evitar os erros, mas essa é a condição de sermos humanos, portanto, suscetível
ao erro. Às vezes, a culpa pode ser um sentimento importante, capaz de nos
fazer refletir e realizar mudanças. Se existe uma culpa que você toda hora sente
o melhor a fazer é encará-la de frente e transformá-la em algo positivo, uma
mudança radical.
Errar faz parte, mas erramos tentando acertar
e por amor. Esta é a nossa recompensa.
Sou mãe em tempo integral, no entanto, não me
considero uma mãe perfeita por isso. Sinto culpa todas as vezes que vejo um
filho com problemas, principalmente, quando esse problema é de âmbito emocional.
Contudo, estou conseguindo superar isso. Afinal, sou apenas uma mãe. Não sei
tudo. Só sei amar, e isso, eu sei demais!
Vamos ver o que as minhas amigas do
Confissões Maternas tem a dizer?
Muitas vezes já senti culpa sim, por
vários motivos, acredito que essa vontade, que nós mães sentimos de não querer
errar e não deixar que nada aconteça com nossos filhos, acaba provocando em nós
esse sentimento de culpa. Não acredito em mães perfeitas e sim as que amam de
forma única e incondicionalmente seus filhos, e que em sua busca de acertar,
também erram, pois errar é humano e só errando podemos acertar.
Fernanda – Blog Mamãe de Duas
Culpa foi durante muito tempo meu nome
do meio. Sim, eu confesso, a minha imperfeição me cobra uma mãe, que muitas
vezes eu não sou, mãe que estou muito longe de ser. E digo, a culpa surge
pronta, fácil, e eu me rendo a ela, seja no não brincar todos os dias com a
Melissa, seja no fato de eu ser a que oferece o chocolate, na mãe que releva
certos comportamentos, que alimenta o ego em outros. Esta mãe é carregada de
culpa, de arrependimentos, mas esta mãe é o que eu sou, a mãe real, de verdade,
tangível. A melhor mãe que posso ser para minha filha. E na culpa eu construo a
transformação também, de tentar entender que todo esforço é válido, que não é
preciso ter a obrigatoriedade de acertar 100% o tempo todo, que Melissa não
será pior pelos meus deslizes, ou melhor, pelos meus acertos. Melissa será
reflexo do que sou, do que faço e é imprescindível, mostrar que toda moeda tem
duas faces, para ela crescer. Blindá-la o tempo todo, só a tornará uma pessoa
em busca de perfeição. E sabemos q isto é irreal.
Beatriz – Instablog @eubemqueteavisei
Quando nasce uma mãe... nasce a culpa!
Não importa o que façamos, vamos deixando esse sentimento a nos perseguir... E
se não ficarmos atentas, ele pode nos limitar, por isso, devemos aceitar que
somos falhas e que erros fazem parte do caminho. Costumo dizer que por mais que
cometamos erros, cometemos tentando acertar... e fazer o melhor por nossos
filhos. Por isso devemos colocar a culpa em segundo plano e agir da melhor
forma que pudermos. Fui ao seminário de mães e o que aprendi lá é: "Aceite
a imperfeição na maternidade. Somos a única mãe que nossos filhos terão".
É pensando assim e seguindo em frente!
Cristiane – Blog Prosa de Mãe
Acredito que a culpa faça parte do
"pacote" maternidade! Incrível, pois mesmo sendo únicas, todas as
mães possuem esse sentimento... seja por não ter amamentado, por ter mandado
cedo para a escola, por ter voltado a trabalhar. A questão é que a culpa pode
ser perigosa quando cria medo, não nos deixa evoluir... mas ela também pode nos
fazer andar. Analisar as situações, buscar sempre nosso melhor, para não ter
esse aperto mental e no coração. Mas o mais importante, estamos todas
suscetíveis ao erro, mas erramos buscando sempre o melhor para os filhos.
Camila – Blog Baú de Menino
Ser mãe é sentir culpa! Conheci esse
sentimento, durante o puerpério, quando após uma noite mal dormida e um dia de
choro constante senti raiva do meu filho. Que culpa avassaladora!
Conversei com marido e percebemos que
era o somatório de algumas coisas erradas que estávamos fazendo, como por
exemplo, não sair de casa com o bebê.
Após esse episódio, que graças a Deus
superei, pois, não tem frustração e culpa maior que sentir raiva do próprio
filho. Comecei a lidar de forma diferente com a culpa. Sempre que esse anjinho
malvado tenta falar ao meu ouvido avalio: fiz por negligência ou errei tentando
acertar? Geralmente, a segunda opção vence e a culpa desaparece.
Porém, já tive meus momentos de: estou
de saco cheio e deixei-o assistindo DVD para ficar quieta ou no celular. Por esses
eu me condenei e procurei mudar.
Ser mãe é isso: você erra, acerta,
tenta, se frusta e segue em frente. Acredito que agindo sem negligência a culpa
tende a não aparecer. Meu mantra é esse: fiz querendo acertar e não vou me
culpar!
Fabiana – Instablog @maesdepoisdos30
Culpa é um sentimento super forte, mas
que faz parte da maternidade sempre! Culpa por não conseguir sanar o choro,
culpa por deixar a fralda mais tempo que o ideal e causar uma assadura, culpa
pelo primeiro tombo de bicicleta, culpa pelo período integral na escola... Mas
com o tempo a maturidade de ser mãe surge e notamos que não existe perfeição,
ser mãe e fazer o seu melhor com a certeza de que estamos sendo a melhor mãe
que nossos filhos podem ter... Sempre!!
Karina – Blog Mãe Perfeitamente Real
Culpa e maternidade com certeza andam
juntas! Eu já me vi cheia desse sentimento que nos arrasa por diversas vezes. A
última quero relatar aqui. Enquanto conversava com a minha vizinha deixei que a
Rafinha chegasse perto do cachorro e claro não deu outra, ela foi mordida!
O que me deixou me sentindo mais
culpada foi o fato de o cachorro está no território dele. E eu a todo instante
me perguntava? "Mas que mãe deixa a filha ficar fazendo carinho em um
cachorro que ele não conhece através de uma cerca?"
Mas naquele momento o mais importante
era o meu bate papo...
Minha cabeça ficou cheia de
"se", se eu não permitisse, se eu tivesse vigiado, se, se, se...
Mas mãe também erra, e errando a gente
também aprende, toma lições.
Maternar é isso, é errar, acertar,
aprender... É sempre querer e fazer o melhor que podemos para os nossos filhos,
mas tendo em mente que nem sempre será possível evitar que se machuque, a vida
é assim!
Mas eu sempre carrego comigo a frase:
Eu sou a melhor mãe que meus filhos podem ter.
Manoella – Instablog@mamaesemfrescura_
Essa "dona culpa" nos
persegue sempre. Praticamente todos os dias! Uma das culpas que mais carrego
comigo é a de não ter esperado um tempo maior para a chegada do segundo filho.
Ou, de não ter começado mais cedo a maternidade. Curti muito meu casamento,
viajei, curti de verdade. A questão é que também não poderia esperar muito
tempo mais, para ter o segundinho. Me culpo, sentir que meu primogênito tenha
perdido o trono rápido demais . Vejo que ele é muito mais carente. E penso,
será que é por isso? Essas culpas sempre vão martelar na minha cabeça. Mas, por
outro lado, vejo como são amigos. Companheiros. E logo a culpa passa. Nós
mamães, só queremos o melhor para nossos pequenos. E essas neuras, vão estar sempre
ali, nos perseguindo. Mas como vocês disseram, só procuramos ser a melhor mãe
para eles. E podemos sentir a cada dia, através do: mamãe te amo, você é linda,
me da seu colo, me abraça forte , dos beijos inesperados e tantas outras formas
de carinho demostradas por eles. Que estamos no caminho certo. Eles são
reflexos do que vivem. E se estão transmitindo tudo isso, é porque estão e são
felizes com a mamãe e com a família que tem!
Mara – Instablog @soumaedemeninos
Não
tenha receio de ser julgada e venha compartilhar conosco e outras mães as suas
experiências e dúvidas. No Grupo Confissões Maternas além da Blogagem Coletiva
mantemos um papo gostoso de apoio às mamães. Esperamos que tenham gostado, não
deixem de comentar e dar sugestões.
Adorei o post!
ResponderExcluirIncrível essa culpa que nasce com a maternidade, e todas (todas mesmos!) enfrentamos.
O que não podemos é deixar esse sentimento nos impedir de viver momentos incríveis e não permitir a evolução saudável da criança.
Erramos sim, mas sempre buscando o acerto... e o melhor para nossos pequenos!
Parabéns!!!
Beijos,
Camila
www.baudemenino.com.br
Obrigada Cá.
ExcluirTemos que aprender a usar essa culpa a nosso favor, nos questionar se erramos mesmo, se poderia ter sido feito de outra forma. Tentar nos libertar mesmo desse sentimento.
Adorei o post!
ResponderExcluirIncrível essa culpa que nasce com a maternidade, e todas (todas mesmos!) enfrentamos.
O que não podemos é deixar esse sentimento nos impedir de viver momentos incríveis e não permitir a evolução saudável da criança.
Erramos sim, mas sempre buscando o acerto... e o melhor para nossos pequenos!
Parabéns!!!
Beijos,
Camila
www.baudemenino.com.br
Amiga... seu post retrata cada uma de nós e nossas culpas!
ResponderExcluirSim, carregamos todas elas... e fazendo muito nos culpamos, deixando de fazer nos culpamos o que tenho aprendido na maternidade é: parar de me culpar dos meus erros e do que não conseguimos fazer e reunir nossas forças e dar o melhor... senão perdemos tempo com a culpa e fazemos menos ainda...
Super reflexão. bjs
Nós mães sentimos muita culpa,
ResponderExcluirnós carregamos junto conosco,
que possamos nos liberta-la dessa culpa.
parabéns pelo post
bjs